Como é que os estúdios do Weather Channel foram praticamente destruídos por um tornado

Em 20 de junho de 2018, o Weather Channel (TWC) surpreendeu os seus espectadores ao trazer um tornado para os seus estúdios. Com a ajuda de gráficos de realidade aumentada em 3D, o meteorologista do Weather Channel Jim Cantore apareceu para experimentar os estragos em tempo real de um tornado em estúdio enquanto progredia de um EF0 (escala Fujita aprimorada; ventos de 65 a 85 mph) para um EF5 (ventos acima de 320 km/h).

Quando o tornado se intensificou, os telespectadores do TWC viram um poste elétrico cair dentro do estúdio. Subsequentemente, ele quase é atingido por uma viga de madeira voadora que passou por um monitor de TV de estúdio, e por pouco não foi atingido por um carro vermelho que caiu do teto do estúdio;

As luzes começaram a piscar quando o estúdio do TWC começou a desmoronar sob a ferocidade da tempestade. Jim Cantore refugiou-se num “quarto seguro” antes que o sinal aparentemente fosse “perdido” quando o TWC foi para intervalo. Após o intervalo, Cantore foi visto do lado de fora do estúdio num caos apocalíptico deixado pelo tornado EF5; até que o esboço do estúdio do TWC apareceu em torno dele em forma wireframe, e então rematerializou-se para a sua aparência original sem danos.

“Este é nosso primeiro passo ousado na apresentação imersiva do clima”, disse Michael Potts, vice-presidente de design do Weather Group. Referindo-se à abordagem do canal como “realidade mista imersiva”, Potts disse que “estamos perdendo as fronteiras entre o que é real e o que não é real, para que possamos pegar nosso talento e colocá-lo no clima, ou trazer o clima para o nosso estúdio. O objetivo é criar uma experiência de visualização muito mais significativa para o público ”.

O sucesso do TWC em combinar vídeo real e gráficos AR no segmento de tornado de Cantore conquistou muita atenção positiva nas redes sociais e justificou seu avanço para o conteúdo aprimorado com AR / VR. Agora, a TWC espera produzir 80% de sua programação usando AR / VR até 2020.

O TWC exibirá seu segundo vídeo explicativo sobre AR em 31 de julho. “Vamos olhar para o poder do raio”, disse Potts.

 

Operadoras de linhas telefónicas ganham dois milhões com RTP

As receitas do grupo RTP com as chamadas telefónicas e mensagens de valor acrescentado (designadas por IVR) terão aumentado no ano passado em cerca de 6,4%. Apesar da estação pública, nas suas contas, não disponibilizar este valor, revela quanto pagou aos operadores de telecomunicações pelo seu ‘quinhão’ neste negócio.

Assim, no ano passado, estas empresas ganharam mais de dois milhões de euros, uma subida 123 mil euros. Tendo em conta a repartição de receitas (operadoras ficam com menos de um terço do valor cobrado), isto significa que a RTP terá faturado mais de 7,2 milhões de euros, um crescimento de 453 mil euros face ao ano passado.

Desta forma, a RTP foi a única das três estações generalistas a aumentar as suas receitas com este negócio, já que a SIC viu os proveitos do IVR diminuírem 41,3% para 8,1 milhões de euros. Já a TVI faturou 14,6 milhões, um recuo de 9,4%. O melhor ano de sempre neste negócio para os canais privados foi registado em 2013. Nesse exercício, os proveitos totais da SIC e da TVI atingiram os 78 milhões de euros. Ou seja, 6,5 milhões por mês.

Recorde-se que desde o início deste mês, a RTP, SIC e TVI abandonaram o número 760 e mudaram para o 761, com o custo destas chamadas a aumentar de 0,60 euros (mais IVA) para 1 euro (mais IVA).

Fonte: Correio da Manhã

 

ERC faz guia de boas práticas para cobertura de Incêndios e outras Calamidades

Em vez de multas a órgãos de comunicação social por falhas na cobertura no ano passado, o Conselho Regulador preferiu a via preventiva e aprovou dez mandamentos sobre o tratamento informativo de calamidades. Que deverão transformar-se em directiva no próximo ano.

 

Guia de Boas Práticas para a Cobertura Informativade Incêndios Florestais e Outras Calamidades

A ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social tem, ao longo dos seus 12 anos de
existência, recebido diversas queixas e participações sobre a cobertura jornalística de incêndios
florestais e outras calamidades em programas de informação e/ou espaços de opinião na
imprensa, rádio, televisão e internet.
Trata-se de uma questão, infelizmente, recorrente, mas que no ano de 2017 mereceu especial
enfoque a propósito dos incêndios florestais ocorridos no interior do país que mobilizaram um
número significativo de órgãos de comunicação social para a sua cobertura e deram origem a
um conjunto igualmente significativo de participações junto desta Entidade, as quais suscitaram
a necessidade de uma análise por parte do regulador quanto às práticas jornalísticas adotadas
neste tipo de circunstâncias. Estas iniciativas visam não tanto uma pronúncia quanto ao passado,
mas sim perspetivar o futuro e recordar princípios e práticas aplicáveis.
Considerando a possibilidade de ocorrência e as múltiplas implicações de fenómenos desta
natureza, sublinha-se o papel dos órgãos de comunicação social para o alerta e informação do
público, que se deve pautar pelo respeito pelo tratamento informativo rigoroso e isento,
garantindo o cumprimento das normas ético-legais próprias da atividade jornalística e o respeito
pelos direitos fundamentais dos visados.
O Conselho Regulador da ERC recorda, neste guia de boas práticas, os princípios que regem a
atividade jornalística, apelando ao seu cumprimento por parte dos órgãos de comunicação social
sob jurisdição portuguesa que promovam a cobertura de calamidades, no legítimo exercício da
liberdade de imprensa e editorial que lhes assiste.
Para efeitos deste guia de boas práticas, considera-se «calamidade» um evento ou situação
atípica, provocado por causas naturais ou outras, com forte impacto no quotidiano e prejuízos
humanos ou materiais avultados para uma comunidade, cidade, região ou país.
1. O tratamento jornalístico de calamidades deve assegurar escrupulosamente os deveres de
rigor, abstendo-se da formulação de juízos especulativos, da divulgação de factos não
confirmados e garantindo o respeito pela presunção de inocência, não devendo a escolha
editorial das imagens a transmitir ignorar o seu possível efeito mimético.
2. O recurso a fontes oficiais de informação deve ser privilegiado, sem prejuízo da sua
verificação/confrontação com outras, nomeadamente quanto ao número e identidade de
mortos, desaparecidos ou feridos.
3. O recurso a transmissões em direto deve ser ponderado em função do valor informativo das
imagens, evitando-se o seu prolongamento ou constante repetição.
4. A utilização de determinados recursos técnicos – efeitos de som, música de fundo e outros –
,o recurso a frases estereotipadas, o uso excessivo de adjetivação e lugares
comuns/generalizações que possam contribuir para empolar o acontecimento e/ou para
agravar a dor de vítimas e familiares devem ser evitados.
5. Os órgãos de comunicação social devem abster-se de recolher imagens e declarações de
vítimas, familiares ou pessoas em manifesto estado de vulnerabilidade psicológica,
emocional e física, independentemente do consentimento dado pelas mesmas.
6. Deve ser garantido o direito à imagem das vítimas, mesmo post mortem, assegurando a sua
privacidade.
7. As imagens de calamidades, quando possam ferir as suscetibilidades dos espetadores, devem
ser acompanhadas sempre de advertência prévia, indicando claramente a natureza das
imagens.
8. O recurso a imagens de videoamador e a todo o tipo de conteúdos captados pelo cidadãos
deve assegurar a validação do seu conteúdo, acrescentar valor à informação a divulgar, de
forma contextualizada e claramente identificável enquanto tal, devendo a sua exibição ser
sujeita a tratamento editorial de forma a respeitar as regras que regem a produção
jornalística.
9. Deve ser evitada a divulgação de imagens fotográficas e de vídeos de vítimas de calamidades
retirados das redes sociais.
10.O cumprimento destas boas práticas deve estar sujeito a especial cuidado quando se trata
de vítimas ou testemunhas menores de idade.

Sem prejuízo do presente guia de boas práticas, baseado nos documentos legais e deontológicos
em vigor, o Conselho Regulador da ERC está a preparar uma Diretiva mais exaustiva sobre esta
temática, para a elaboração da qual se espera contar com os contributos de todos os
interessados.

Polícia chinesa está a usar dados de água do esgoto para rastrear e prender fabricantes de drogas

O estado de vigilância  está agora a entrar nos esgotos. A polícia chinesa está a analisar as águas residuais em busca da presença de substâncias ilegais, usando os dados para encontrar fabricantes de drogas ilegais. À medida que as drogas passam pelos corpos das pessoas, elas podem estar a deixar um rastro para a polícia seguir.

Li Xiqing, um químico ambiental da Universidade de Pequim que está a ajudar as autoridades na empreitada, disse à Nature que a polícia começou a usar epidemiologia à base de água (WBE) em Zhongshan para rastrear o uso de drogas pela cidade e prender fabricantes de substâncias ilícitas. Várias cidades chinesas também estão a usar a mesma técnica para rastrear o uso de drogas, segundo a Nature.

A tecnologia WBE mede a quantidade de droga presente nas águas residuais e é, geralmente, um indicador confiável de uso de tóxicos nos bairros.

Li e os cientistas da Universidade de Pequim compararam os dados de WBE para metanfetaminas e cetaminas ao longo de um período de dois anos depois de uma nova repressão federal às populares drogas em 2013. Conforme Li disse à Nature, o uso de metanfetaminas caiu em 42%, e o de cetaminas, em 67%.

Li credita a queda ao maior número de intervenções policiais, mas também aponta que a vigilância policial não era o propósito original da tecnologia de WBE. Os cientistas, em vez disso, a usavam para ajudar governos a medirem a eficácia geral de programas de redução de drogas.

Embora a Nature tenha destacado a China, a tecnologia de WBE está a ser testada também nos Estados Unidos. Dois estudantes de pós-graduação do MIT, por exemplo, esperam levar a WBE para cidades que estão a enfrentar dificuldades com o vício em opioides.

INEM utiliza Neymar para chamar a atenção das chamadas que não são emergências

Parabéns ao INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica pela criatividade e oportunidade de chamar a atenção para um problema muito sério.

O Instituto Nacional de Emergência Médica recorreu a um ‘meme’ para combater as chamadas falsas, usando uma imagem do avançado brasileiro Neymar em suposta simulação de falta numa campanha para recordar que não se devem fingir emergências.

Publicada hoje no perfil do INEM na rede social Facebook, a imagem de Neymar caído, com cara de sofrimento e mão levantada a reclamar falta, é acompanhada de uma legenda em que se diz que “75,8% das chamadas para o 112 também não são emergência”

Em comunicado, “o INEM estima que os seus CODU [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] recebam por ano cerca de 20.000 ‘chamadas falsas’ que originam o acionamento de perto de 7.500 meios de emergência”.

Além disso, aparecem cada vez mais “falsas emergências” (207 por dia em 2017), em que o caso comunicado não é uma emergência médica e se resolve recorrendo à linha SNS24.

“No que diz respeito à saúde [o 112] só deve ser utilizado em situações de risco de vida ou situações em que esteja em causa uma função vital da vítima”, esclarece a instituição.

O INEM explica o recurso à imagem no Facebook afirmando que “as pessoas se identificam muito com esta forma de comunicar”, relacionando “temas da atualidade e/ou do interesse do público”.

No caso, Neymar é usado pela sua reputação de simular faltas ou de parecer exagerar nas queixas quando é derrubado, o que lhe valeu críticas de várias personalidades do futebol, incluindo o selecionador mexicano, Juan Carlos Osorio, que acusou o brasileiro de “palhaçadas” em campo, desperdiçando o tempo que há para jogar.

Da imagem criada para se tornar viral, há uma referência da agência de notícias francesa France Presse à “forma original” como o INEM chamou a atenção para o uso abusivo do número de emergência europeu.

Como funciona a tecnologia que promete carregar baterias em apenas cinco minutos

 

Se ter autonomia prolongada é um desafio para as baterias de hoje em dia, uma alternativa para agradar às designers (como aparelhos mais finos) e aos utilizadores (mais duração) é adoptar tecnologias de carregamento rápido. Já vemos em grande parte dos Androids e, mais recentemente nos iPhones, baterias que chegam a 50% ou 80% em cerca de 30 minutos, dependendo do tamanho da bateria e da tecnologia utilizada.

A startup Israelita StoreDot tem uma proposta mais agressiva para resolver o carregamento rápido do telefone e de baterias de veículos autónomos. A intenção da empresa é levar a bateria dos 0% aos 100% de carga em apenas cinco minutos. A diferença fundamental para alcançar esta marca é a substituição do grafite por nanomateriais especiais nas baterias de iões de lítio.

Ou seja, não se trata de um novo tipo de bateria, o que muda são alguns dos materiais que revestem a bateria. Deste modo, a taxa de difusão, que é o quão rápido os iões do lítio conseguem se dissipar dentro da estrutura do eléctrodo, é muito maior.

O princípio fundamental para alcançar um carregamento mais rápido é a diminuição da resistência da bateria e o aumento das correntes elétricas. Para resolver problemas de superaquecimento e perigo de explosões, a StoreDot desenvolveu nanomateriais que revestem a bateria. “Esse revestimento é feito com moléculas proprietárias que sintetizamos a partir do zero nos nossos laboratórios. Pode ser um polímero rico em lítio que actua como um aglutinante, por exemplo, bem como uma protecção feita com materiais inorgânicos ativos (por exemplo, o silício)”, explica Myersdorf.

A tecnologia, no entanto, não adiciona mais novidades às baterias: a autonomia no dia a dia deve ser a mesma de uma bateria comum, dependendo do tamanho dela e da eficiência enérgica do ecrã, do processador e outros componentes dos dispositivos. Além disso, a vida útil é similar às baterias atuais: são necessários 500 ciclos completos (descarregar até 0% e chegar aos 100%), para que ela chegue a 80% de sua capacidade original – a partir daí, a autonomia vai caindo cada vez mais.

O grande desafio para a StoreDot neste momento é o escalonamento de produção dos nanomateriais. A empresa iniciou à pouco tempo uma produção em parceria com a japonesa TDK, mas ainda assim a viabilidade dos nanomateriais torna a tecnologia mais cara do que a concorrência.

“No entanto, quando aumentarmos a escala e começarmos de facto a produzir, o preço deve ser similar ao preço das baterias tradicionais actuais.  Pode ser um pouco mais cara, talvez 10% mais cara, por causa do processamento de partículas”, afirma o CEO.

A tecnologia para as baterias de smartphone está quase finalizada, mas ainda pode demorar um pouco mais um ano para que a StoreDot venda os seus produtos para o mercado. A intenção é disponibilizá-la em smartphones e powerpacks. Parceiros não faltam, entre eles a própria Samsung e a BP British Petroleum.

O interesse de uma empresa de petróleo nessa tecnologia pode parecer estranho no início, mas como comentamos acima, a StoreDot está desenvolvendo esta mesma tecnologia para baterias de carros elétricos. A promessa é a mesma: carga completa em apenas cinco minutos, oferecendo 480 km de autonomia num curto espaço de tempo. Esta realidade, no entanto, está um pouco mais distante: “Pode demorar mais alguns anos”, diz Myersdorf.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DA GOOGLE REVOLUCIONA PREVISÕES MÉDICAS

  • Um novo algoritmo da Google é capaz de fazer previsões sobre o internamento de pacientes e sobre quando podem perder a vida.
  • É revolucionário porque inclui dados que até hoje estavam “inacessíveis”.

A Google criou um algoritmo capaz prever o tempo de internamento de um paciente, a probabilidade de voltar a ser internado e a probabilidade de perder a vida. As previsões são feitas com base numa quantidade massiva de dados clínicos que são ‘absorvidos’ pela inteligência artificial.

O sistema pode ser revolucionário porque tem a capacidade de incluir dados que, até agora, não eram utilizados porque não estavam num formato ‘legível’, como notas feitas em PDFs e anotações em fichas médicas antigas.

Através destes dados, o software da Google é capaz de fazer previsões muito mais rápido e de forma mais precisa, apresentando os registos clínicos em que se baseia para tirar as conclusões.

Esta é uma potencial revolução para a indústria de cuidados de saúde: os hospitais podem repensar as prioridades nos cuidados prestados ao paciente, ajustar os planos de tratamento e antecipar emergências médicas antes de ocorrerem. Além disso, pode também libertar tempo aos profissionais de saúde para se concentrarem na relação com paciente, uma vez que não têm de se preocupar em colocar as informações num formato legível.

Este trabalho está a ser desenvolvido pela equipa Medical Brain, da Google, que se dedica à disromper a indústria da saúde

 

fonte: supertoast.pt