Microsoft testa data centers no fundo do mar para acelerar serviços online

Construir data centers enormes submersos pode parecer uma ideia bizarra, mas é exatamente isso que a Microsoft está a testar. O plano chama-se Project Natick, e o site oficial destaca oseu propósito: “entender os benefícios e as dificuldades de implantar data centers submarinos ao redor do mundo.”

Porquê construir data centers submersos? Proximidade com os consumidores, para começar. Como muitas das grandes cidades do mundo são costeiras, construir data centers no mar, em vez de colocá-los no meio do nada, como normalmente acontece, por exemplo o maior datacenter português está localizado na Covilhã, pode melhorar o desempenho de serviços com o Netflix para milhões de pessoas em regiões urbanas.

Além disso, colocar servidores debaixo de água basicamente elimina a possibilidade de eles falharem devido a sobrequecimento. Por fim, a Microsoft também sugere que pode ligar os seus data centers submarinos com geradores e turbinas eléctricas movidas pela maré, o que pode ajudar a solucionar a crescente necessidade por energia.

O primeiro protótipo chama-se Leona Philpot (baseado na personagem da série Halo da Xbox) e foi testado no ano passado a cerca de um quilometro da costa da Califórnia, 10 metros debaixo de água. O teste colocou uma rack de processamento dentro de uma cápsula de aço de 2,5 metros de largura, que foi coberta com sensores para monição da pressão, humidade e outros factores que ajudaram os engenheiros a aprender mais sobre os possíveis desafios que vão enfrentar no futuro.

Em dezembro, após uma série de testes bem-sucedidos, o protótipo foi enviado de volta para a sede da Microsoft em Redmond para ser analisado. A Microsoft acredita que pode instalar data centers submarinos muito mais rápido do que os que são colocados em terra – 90 dias, em vez de dois anos.

Pode aceder ao site do projecto em https://natick.research.microsoft.com/, onde pode ver duas câmaras em tempo real do exterior da cápsula.

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