Noticia: Porto Canal
Pela primeira vez, uma transmissão desportiva foi realizada por uma equipa exclusivamente feminina.
22 mulheres, portuguesas e espanholas, foram responsáveis pela transmissão do campeonato mundial de basquetebol feminino sub-19, que aconteceu em Madrid.
Confortavelmente sentados num sofá ou num café com amigos, dificilmente pensamos além das imagens que nos chegam, seja de um emotivo jogo de futebol, de basquetebol ou de um qualquer outro desporto.
Desta vez, a notícia chega-nos por parte da Federação Internacional de Basquetebol, cuja intenção no campeonato mundial de sub-19, que aconteceu em Madrid, foi reunir uma equipa inteiramente feminina para a transmissão das finais. Algo inédito, por vários motivos, desde já por ser uma profissão maioritariamente exercida por homens, mas também por existir uma distribuição diminuta de mulheres entre as várias equipas que protagonizam as transmissões televisivas de desporto.
A verdade é que não só foi possível, como todo o grupo veio bastante satisfeito, tanto pela oportunidade, como pela satisfação e realização profissional.
“Isto não tinha que ser notícia. Devia ser normal, como tem sido há anos seguidos só homens, haver mais mulheres. Devia ser normal, infelizmente ainda não é”, diz Cláudia Santos, realizadora e, até há bem pouco tempo, única mulher no país a executar a tarefa na área do desporto.
Já Sofia Costa, operadora de câmara há 13 anos, sublinha que “se calhar a nível social não é das competições mais importantes, porque há Champions, há as competições sem ser sub-19, de Primeira Liga e tudo mais, mas este foi, sem dúvida, o trabalho mais importante da minha vida profissional”.
Para ambas, além da satisfação, é claro que algo tem de mudar, não só nas transmissões televisivas, mas sobretudo, porque não se trata de um mundo “só de homens. Isso já não existe. O importante é perceber que pode haver 50/50” e que pode existir igualdade.