Mudanças na TDT vão obrigar a sintonização


Utilizadores vão ter de procurar canais manualmente se quiserem continuar a ver televisão.

Está instalada a polémica entre a Altice e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Alexandre Fonseca, presidente da dona do MEO, classifica de “bomba-relógio” o que acontecerá com a Televisão Digital Terrestre (TDT) nos próximos meses.

É que, com a introdução do 5G (próxima geração de telecomunicação móvel) em Portugal será preciso libertar a faixa dos 700 MHz (megahertz), o que obrigará a mudanças na sintonização da TDT. Ou seja, os utilizadores desta tecnologia, cerca de meio milhão, na maioria do Interior do País e com baixa literacia digital, correm o risco de ficar sem televisão se não forem aos descodificadores e sintonizarem os canais manualmente. Alexandre Fonseca garante que metade não o sabe fazer

“Estamos a falar de uma franja da população que não é despiciente. O regulador já disse alguma coisa sobre o que vai acontecer? Quando é que isto acontece?”, questiona o presidente-executivo da Altice.

O início deste processo está previsto para o último trimestre deste ano. “A Anacom tem um calendário e tudo indica que o vai cumprir. Quando chegar o momento será prestada a informação e dado o apoio necessário neste processo. Não há razão para alarme”, afirmou  fonte da Anacom. 

O regulador garante que não será necessário “comprar novos equipamentos ou reorientar antenas” e que as medidas adotadas têm como objetivo “descomplicar e não atribuir custos” aos utilizadores.

Fonte: Correio da Manhã

1 comentário em “Mudanças na TDT vão obrigar a sintonização”

  1. É lamentável que no nosso país seja permitido o que tem sido feito desde que veio a TDT apregoada como uma maravilha em termos de qualidade de imagem, etc, etc. Mas só para alguns… porque para os outros nada. Pessoas, na sua maior parte idosas, que tinham televisão há mais de 40 anos praticamente em todo o país com uma qualidade de sinal suficiente mesmo nos locais mais remotos, desde que veio a TDT gastaram dinheiro em equipamentos, televisores e instalações e não conseguem aceder a canal nenhum, ou conseguem fazê-lo nalgumas horas do dia e noutras não ou conseguiram temporariamente e depois deixaram de o conseguir. Solução: ou aderem aos serviços de um operador com uma mensalidade, para além da contribuição audio-visual que já pagam na fatura da eletricidade, o que para muitas é imcomportável devido às baixas pensões de reforma que recebem ou então não têm acesso a algo que as ligava ao mundo, que era uma “companhia” especialmete para as que vivem sós. O que aí vem parece-me que é só a continuação do que já tem vindo a ser feito. Para que uns tenham acesso à tecnologia mais avançada os outros não têm acesso a nada. Isto também é uma forma de discriminação. E o que é mais lamentável é que nenhuma entidade faz rigorosamente nada. Se o país não tem capacidade para fornecer sinal com qualidade suficiente a todos e uma qualidade de excelência para quem pode e quer pagar por isso então tem de ir dando os passos à medida que vai tendo os meios neessários para o fazer. Não é tirar tudo a uns para os outros poderem ter o máximo.

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